Piccadilly Circus

Após um passeio por Piccadilly, está na hora de ir para a faculdade, a aula de fotografia começa em meia hora. Avisto um táxi parado e corro até ele para tentar apanhá-lo.

O táxi está parado e ainda estou no seu interior. Retiro da minha carteiro o dinheiro certo para pagar ao taxista e praparo-me para sair.

- Muito obrigada, se não fosse o... - Abro a porta, enquanto falo, mas calo-me ao perceber que acertei violentamente com a porta em alguém.

- Ouch! Tem atenção ao que fa... - Não consegui acabar a frase ao reparar em que se preparava para sair do táxi.

Mas tinha mesmo de ser uma rapariga jeitosa!? Não posso insultá-la, mais vale dizer que a culpa foi minha.

Oh meu Deus! Peço imensa desculpa!! - Exclamo enquanto saio do táxi, mesmo sem vendo de quem se tratava. - O senhor... - Não consigo acabar a frase ao reparar que à minha frente estava um rapaz, provavelmente da minha idade e sexy como tudo. Sinto uns arrepios a percorrer o corpo e borboletas na barriga.

Não pode ser, isto não pode estar a acontecer. Que vergonhaaaa!!

- Estás bem? - Pergunto por fim, já olhando nos olhos o rapaz.

- Sim, estou. - Digo, ainda pasmado com a beleza da rapriga - Não te preocupes, a culpa foi minha, devia ver por onde ando.

Será demasiado cedo para lhe perguntar o nome?

Não, não, não. A culpa foi toda minha!Eu é que sou uma cabeça na lua. - Um sorriso de alguém envergonhado aparece no meu rosto e levo a mão direita a um fio de cabelo, colocando-o atrás da orelha.

Ugh, é extremamente sexy quando as raparigas mexem no cabelo...

- De qualquer das maneiras, já passou. - Digo, tentando desviar-me daquilo que seria uma conversa estranha. - Então... Tens nome?

O que é que eu estou a fazer!?!?!? O que é que a Annie ia pensar de mim? Oh meu deus, mais valia calar-me e entrar no táxi de uma vez por todas![/b]

Ouço o taxista lá dentro a perguntar se o rapaz não ia entrar e afasto-me da porta, dando espaço para alguém entrar.

- Desculpa mais uma vez, sinto-me tão mal. - Continuo a olhar atentamente os olhos daquele rapaz. - Emma e tu és...? - Estendo-lhe a mão lentamente, à espera de ser cumprimentada.

- Sam. Sam Evans. - E aperto-lhe a mão.

De repente, uma estranha sensação percorre o meu corpo. Algo como que uma força mágica. Um sentimento de "qualquer coisa está mal aqui" entra-me pelo corpo.

É melhor seguir os meus instintos e entrar no táxi.

- Bem, Emma, foi um prazer conhecer-te, mas tenho de ir. - E entro no táxi à pressa.

Será que a vou voltar a ver? Sei que é errado mas no fundo desejo que isso aconteça.

Ok Sam. Até à próxima... -Fico admirada com a pressa com que Sam entrou no táxi e mal tenho tempo para acenar, porque o carro já tinha partido.

Estranho... Foi alguma coisa que fiz? Que disse?

Ajeito a mala e começo a andar pela avenida, a caminho da Faculdade, pensativa.